A psicoterapia é uma abordagem eficaz para tratar uma ampla variedade de transtornos mentais, assim como para ajudar pessoas que enfrentam dificuldades emocionais, desafios nos relacionamentos interpessoais ou crises existenciais.
Dessa forma, a psicoterapia envolve um profissional capacitado que utiliza uma série de intervenções com o objetivo de promover mudanças em aspectos emocionais, cognitivos e comportamentais.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) parte do princípio de que nossas emoções e comportamentos são moldados pela maneira como interpretamos a nós mesmos, os outros, o mundo ao nosso redor e o futuro. Na TCC, a cognição refere-se às “deduções que fazemos sobre nossas experiências e sobre a ocorrência e o controle de eventos futuros”.
Nossos pensamentos influenciam diretamente tanto o humor quanto o comportamento. Assim, a maneira como percebemos, pensamos e interpretamos as situações impacta como nos sentimos e como agimos. Contudo, essa relação não é linear; trata-se de uma interação complexa entre pensamentos, sentimentos, comportamentos, respostas fisiológicas e o ambiente, todos mutuamente influenciados.
É importante destacar que os pensamentos não causam diretamente os problemas psicológicos, mas contribuem para a manutenção de emoções e comportamentos disfuncionais. Esses padrões disfuncionais podem ser compreendidos através das reações emocionais, comportamentais e fisiológicas que surgem como resposta a pensamentos automáticos, gerados por determinadas situações e moldados por crenças pessoais — ou seja, pela forma como interpretamos os eventos. A maneira como atribuímos significado às experiências é um aspecto central na TCC. Cada pessoa possui um conjunto único de crenças que guia suas interpretações.
Com base nesse entendimento, a TCC é amplamente aplicada para tratar uma gama de transtornos psiquiátricos, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia, transtornos alimentares, transtornos de personalidade e dependência química. Além disso, a TCC também é utilizada para lidar com condições clínicas, como câncer, dores crônicas, insônia e disfunções sexuais, bem como para enfrentar questões da vida cotidiana que não estão necessariamente associadas a psicopatologias.
Essa abordagem se destaca por sua versatilidade e eficácia na promoção de bem-estar e na melhoria da qualidade de vida.