23 jun A dúvida persiste: a difícil tarefa da escolha profissional
Flávio Hastenreiter
A dúvida persiste, pois o problema da escolha profissional não se restringe apenas àquelas pessoas que ainda pretendem frequentar a faculdade pela primeira vez. Um grande número de pessoas, mesmo com anos de formação, ainda não está contente com a sua escolha profissional.
Isso, ao que tudo indica, não está associado a variáveis financeiras, ascensão ou realização profissional. Uma boa parcela desses profissionais tem ótimos salários ou são donos de seus negócios ou trabalham em excelentes instituições ou possuem oportunidades de promoção, mas mesmo assim, há algo que os incomodam. Há certa insatisfação com o trabalho exercido.
Aqueles que estão fazendo a transição do mundo dos estudos para o mundo do trabalho, também enfrentam sérios problemas, por exemplo, conseguir um emprego com adequação formação-função, condições de abrir seu próprio negócio, remuneração, entre outros.
O mundo do trabalho não se atém às suas escolhas. Ele quer você preparado para exercer o seu trabalho. O impasse da escolha profissional acertada parte de seu íntimo. Num mundo de trabalho cada vez mais horizontal, com menor possibilidade de se mover verticalmente dentro da empresa, a indecisão se torna mais um agravante, pois coloca o indivíduo ainda mais contra a parede.
O que se pode dizer, diante disso, do chamado sucesso profissional? O sucesso na carreira profissional envolve aspectos que estão relacionados deste o momento em que você decide o que quer fazer. Nessa etapa decisiva, estão envolvidos componentes objetivos da escolha profissional, mas, também, elementos subjetivos, que são de importância equivalente para o sucesso profissional ou para a satisfação profissional.
Em termos objetivos há elementos como remuneração, ascensão profissional, status; que são elementos, também, de peso social, ou seja, envolve também o olhar externo, por exemplo, a influência dos pais no processo de escolha profissional dos filhos. Geralmente, as escolhas partem desse princípio e, se for somente a partir dele, há grandes chances de se ter um ótimo salário ou um ótimo status profissional, por exemplo, e mesmo assim não se satisfazer com a atividade exercida.
Por outro lado, há os elementos subjetivos que integram o processo da escolha profissional. Nessa dimensão, são considerados elementos subjetivos: a satisfação com o trabalho, a realização profissional, os processos de novas aprendizagens e desenvolvimentos de novas competências, o reconhecimento, entre outros. Tais elementos não podem ser deixados de fora do processo de escolha, pois eles agem em conjunto com os critérios objetivos de sucesso profissional. Portanto, critérios objetivos e subjetivos devem andar juntos, pois se somente uma dessas dimensões forem levadas em conta na hora da escolha, a probabilidade de insatisfação no futuro aumenta consideravelmente.
Um bom processo de Orientação Profissional deve levar em conta tanto os aspectos objetivos quanto os subjetivos manifestados pelo orientando. Daí a importância de aliar ao processo de orientação profissional as entrevistas abertas, as avaliações psicológicas com medidas válidas, tais como: avaliação da personalidade, avaliação cognitiva e testes vocacionais. Isso reforça o direcionamento mais assertivo entre habilidades e desejos que o orientando possui. Com isso, os critérios objetivos e subjetivos, descritos anteriormente, se tornam congruentes com o jeito de ser, as capacidades, os desejos e planos.
Na dúvida, faça Orientação Profissional!